08 maio 2018

AUDIÊNCIA COM O PREFEITO GRECA

foi em 14 de dezembro de 2017
e foi assim:
Minha filha Virgínia sugeriu a um repórter da Tribuna e ele me convidou para fazer parte de um grupo de oito pessoas que iriam ao gabinete do prefeito lhe fazer perguntas.
Na hora aprazada, 15 horas, lá estava eu.
Houve um certo frisson no pessoal do staff e parece que todos me conheciam, me tratando por Paulo, sente-se aqui, coisa e tal.  Pedi para ficar numa ponta da enorme mesa, para perguntar no final,  mas me colocaram exatamente ao lado do prefeito.
O plano era uma pergunta por pessoa e se desse tempo haveria outra.
Eu fui escolhido para falar primeiro e, após a colocação de microfones no prefeito, entregaram-me um, enorme, portátil, e iniciei.
Tentando ser breve, disse ao alcaide que não iria falar da Oficina de Música pois eram águas passadas, já tinha discutido demais na internet e que, como criador da comunidade Antigamente em Curitiba, do facebook, que congregava 60.000 membros, gostaria de não perguntar, mas sugerir ao prefeito algumas questões que trazem desassossego aos participantes do grupo.  Falei-lhe, com certo nervosismo, sobre a conservação de ícones da cidade e o incêndio da casa Erbo Stenzel e a destruição no dia seguinte do remanescente da construção por uma máquina de terraplenagem. Falei sobre o incêndio do Belvedere e perguntei o porquê de não haver vigilância num edifício como esse. Falei novamente sobre a vigilância com relação ao cemitério municipal, que está sendo todos os dias vilipendiado, destruído, os bronzes subtraídos. Por último mencionei o bosque do parque Bom Retiro e sugeri o estudo de uma permuta por outro terreno, da prefeitura, nos moldes do que foi feito recentemente num parque na região da Paulista,  em São Paulo.
Greca disse que a Casa Erbo Stenzel não significava nada e que se tinha pegado fogo o terreno precisava ser limpo e que a casa não tinha nenhum valor. Disse que o importante era a obra do Erbo e que isso ele tinha garantido e citou diversas estátuas do escultor pela cidade.
Sobre o Belvedere  disse que o incêndio fora obra de drogados "do Fruet" (não usou a palavra "drogados", mas uma outra semelhante, que agora me foge). Disse que o guarda do museu paranaense viu quando 3 elementos tocaram fogo no prédio mas que só depois do incêndio ter surgido é que ele resolveu chamar a polícia e os bombeiros.  Mais pra frente, quando falava com outro convidado, o prefeito falou novamente sobre o Belvedere, olhando para mim, e que pretende instalar um sistema de vigilância numa sala, onde possa controlar toda a cidade.
Sobre o cemitério disse são os "góticos" que fazem essas coisas e que ele e a sua esposa um dia, passando por lá, viram mais de 1000 góticos tentando invadir o cemitério e chamaram a guarda municipal, que evitou a invasão.
Sobre o hospital do Bom Retiro e a luta pelo bosque, afirmou que o Fruet foi quem deu o alvará para o Angeloni se instalar e que era para a meia dúzia que querem a criação do bosque fazerem um crowd funding para comprar o terreno, para pagar do seu bolso. Quando lhe disse que 9.000 pessoas assinaram um abaixo assinado pelo bosque ele disse que era para toda essa gente se cotizar e comprar o terreno (não exatamente com essas palavras). 
O pessoal do staff e os reporteres ficaram bastante incomodados com a subida de tom do exmo prefeito e forçaram o encerramento de minha participação.
Em seguida os demais participantes foram falando, a maior parte com falas elogiosas e agradáveis ao ouvido do nosso alcaide.   
Foi o que aconteceu.
Essa entrevista foi gravada mas totalmente editada para aparecer na TV.
Tarde tensa.